Você já se perguntou o que precisará fazer ou saber para manter-se ativo no futuro, quando muitas das nossas habilidades técnicas forem consumidas pela tecnologia e automação?
Essa semana me deparei com um estudo recente realizado pela consultoria estratégica McKinsey & Company, que expunha dentre inúmeros insights referentes a automação no trabalho, os efeitos que esta transição já está exigindo do perfil profissional das pessoas.
O estudo aponta algumas habilidades que precisaremos desenvolver e que serão cruciais para nos mantermos ativos diante de todas essas mudanças, são elas: alta habilidade cognitiva, ligadas ao raciocínio quantitativo e pensamento crítico sobre o processamento de informações e estatísticas, habilidades sociais e emocionais, com relação ao relacionamento interpessoal, comunicação e empatia, plenamente ligadas a inteligência emocional, citada também em nosso post sobre As expectativas para a liderança no futuro. E naturalmente, habilidades tecnológicas simples e avançadas, que abrangem a maneira como nos adaptamos ao uso das novas ferramentas.
Garantir boas posições ou mantê-las, exigirá de nós uma entrega de energia ainda maior do que já tivemos um dia. Houve uma época, em que tínhamos que adquirir todas as nossas competências durante a juventude e encerrar a nossa vida profissional aos 45 ou 50 anos, de preferência com uma carreira sólida, em um bom cargo executivo e um alto salário no fim do mês.
Um cenário bastante confortável eu diria, mas que já não é uma realidade diante do mercado atual e das circunstâncias de nosso país, e a tecnologia só vem reafirmar essa necessidade de mudança.
Percebo que a prioridade para garantir espaço no “mercado do futuro” é desenvolvermos a flexibilidade e adaptabilidade diante dessa nova realidade, aguçar ainda mais a nossa capacidade de aprendizado e torná-la constante, para potencializarmos não apenas habilidades técnicas, mas também humanas.
A tecnologia não deve ser vista como uma ameaça, mas sim como uma oportunidade de se reinventar, de adaptar-se a uma nova realidade e fazer a diferença com ela, de adotar como princípio a utilização dos recursos disponíveis e tornar-se útil mesmo com eles e olhar com cada vez mais atenção para o que não será substituído, o lado humano e emocional de qualquer corporação.
Para tanto, adotar um pensamento estratégico diante de nossa carreira, reavaliar o nosso propósito profissional e buscar a qualificação necessária para atingi-lo é fundamental e aqui, não estamos falando apenas de uma formação, mas também de uma mudança comportamental diante de nossas equipes, parceiros e lideranças.
A pergunta que deve ser feita é: que tipo de talento eu preciso desenvolver na posição e profissão que ocupo ou desejo ocupar? Qual a minha característica competitiva? E como vou aperfeiçoar habilidades como as expostas acima, para me tornar essencial para as empresas.
Ainda teremos muitas novidades no futuro do trabalho, que irão exigir competências analíticas, criativas e humanas acima do raciocínio de qualquer máquina. A maneira como nos conectamos aos outros, vendemos ou buscamos persuadir outras pessoas, são alguns dos fatores que não podem ser realizados tecnologicamente, que são genuinamente humanos e que farão a diferença em uma contratação ou promoção daqui para frente.
Pensar estrategicamente sobre sua carreira, ter objetivos profissionais e de vida e se preparar para eles, é fundamental em todo e qualquer processo de evolução, tecnológico ou não.
Independente da idade, posição ou nível de conhecimento, sempre haverá algo a agregar ao seu perfil profissional e que fará de você um referencial indispensável em qualquer empresa. Encontrar suas competências e adquirir novas habilidades de acordo com as perspectivas futuras é uma demanda imediata e que garantirá sua estabilidade profissional. Vale a pena pensar e investir nisso.